Desde pequena passei coisas que criança nenhuma deveria passar. Precisei de alguns anos para sair do meu próprio fundo do poço: a minha cabeça.

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Tive crises tão fortes que me sentia engolida por mim mesma, perdia noção do espaço-tempo e já me coloquei em risco, diversas vezes.

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Passei por uma depressão e agregados (aqui entram a compulsão alimentar, os ataques de pânico e sejalámaisoque tão inventando de nomes hoje em dia...). O fato é que pouco me importam as terminologias ou diagnósticos, o que eu tinha, chamo de monstro.

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Ou melhor, O Meu Monstro.

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Ele estava dentro de mim e, durante muito tempo, consumiu minha energia,  força vital e toda a vontade de viver...

 

Afinal, de que vale a vida se ela chega, sem perguntar, e vem munida de tanto sofrimento?

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No fundo, eu pensava que a única forma de me livrar dele, era me livrar de mim. Por isso fiz o que fiz, comigo mesma. Por isso me machuquei tanto, tantas vezes.

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Hoje falo isso de outra posição. Falo com um olhar otimista, enxergo a vida da forma que sempre sonhei. Falo isso vendo o mundo um lugar possível  de viver - e, mais do que isso: de se viver com MUITA ALEGRIA -.

 

Mas saiba:  eu não me livrei do Meu Monstro.

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Foram anos e anos tentando destruí-lo quando, finalmente entendi:

ele faz parte de mim.

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Aprendi a conviver com o Meu Monstro e entendi que ele precisava era de atenção e amor. Sim, o amor... Logo falaremos mais sobre ele, mas agora...

Entendo que alguns aqui estarão em busca de "formações acadêmicas" sobre mim. É algo que tenho me desapegado e não tenho mais intuito de títulos. Mas, a fim de preencher essa lacuna do "sobre mim" e sanar possíveis dúvidas, aqui vai:

 

Sou formada em nutrição (com considerável aversão à palavra nutricionista - pelo menos nesse momento); sou pós graduada em nutrição vegetariana e vegana (mas tudo bem se você comer carne. calma!); e estou finalizando minha pós em nutrição e comportamento humano.

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Hoje em dia, depois de perceber o quão falha é a nutrição, dedico a maior parte do meu tempo a estudos sobre psicologia, neurociência, comportamento humano e desenvolvimento pessoal.

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"Pati, mas quem tu atende?"

Eu atendo pessoas.

Pessoas que se identifiquem comigo e com o meu trabalho.

 

Por isso hoje tenho diversos modos de trabalho e você pode escolher qual está dentro das tuas necessidades e objetivos.

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O que mais amo nesse mundo é poder deixar um pouquinho de mim em quem cruza meu caminho, e receber um pouquinho de cada um para formar quem eu sou. 

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Sei que estou nessa vida para melhorar a relação das pessoas com seus próprios Monstros. Eu tô aqui para fazer com você o que tive que fazer sozinha, por mim.

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Agora te peço licença, quero falar da minha parte preferida da vida...

 De que vale a vida sem o amor?

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Essa é sem sombra de dúvidas a pergunta que eu mais me faço.

 

Não tenho medo de "entregar demais".

 

Não tenho medo de me entregar, de me doar, de sentir, de perdoar, de fazer dar certo. O meu pavor é pensar em viver uma vida mediana. Amar pouco, se entregar pouco, viver pouco, sentir pouco... Me sobe um calafrio na espinha e só consigo pensar:

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QUEM DESPERDIÇARIA A PRÓPRIA EXISTÊNCIA ASSIM??

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Vejo pessoas incríveis se privando de viver e entregar para o mundo o que há de mais digno, no que tange a nossa própria existência.

 

Sei que tudo o que fiz com amor - e por amor - foi bem feito.

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Não me apego aos que me machucaram, eles não merecem espaço aqui dentro. Também não tenho receio dos próximos que passarem por mim, vou entregar o melhor que posso e vou estar ali, inteira, pronta para o que me for solicitado, pela vida.

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Seja um trabalho, uma amizade, um relacionamento amoroso...

 

Quem me ferir, nunca mais me terá, e essa por si só já é a maior das "vinganças".  Sejaláoque signifique essa palavra.

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Cada pessoa que cruza meu caminho conhece, e recebe, uma Pati nova. Uma versão melhor e mais forte. 

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Assim continuará sendo até o dia em que meu coração der a última batida. Se me propus a continuar nessa vida, vou me lançar de cabeça.

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Afinal, nada na vida vai me machucar mais do que o vazio que eu mesma me fiz sentir. Nada vai me ferir mais do que eu mesma me feri.

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Hoje agradeço e compreendo os fatos. Só sou quem eu sou pelo que tive que superar.

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Hoje sou tão feliz que pouca coisa já me basta. Basta inspirar o ar puro e ver o nascer do sol, já estou satisfeita...

Mas não viveria no pouco, jamais. Pra que? Se eu posso ser bem mais?

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Aceito o que conquistei, vibro e agradeço todos os dias por ter saído daquele poço, mas não quero só sair dele, quero alcançar as estrelas.

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Afinal, se alguém chegou lá, por que eu não chegaria?

 

Bem... Essa sou eu.

Uma eterna apaixonada pela vida que está aqui para ser o melhor que puder ser para si mesma e para quem escolher ficar.

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